Por Carol Pires dO Estado de S.Paulo Sem acordo, dez partidos inscreveram ontem, último dia de prazo, candidatos para a eleição indireta que vai escolher o sucessor de José Roberto Arruda no governo do Distrito Federal.

Até o dia 17, os partidos tentarão um consenso para evitar votação na Câmara Legislativa com tantos candidatos.

O excesso de nomes é uma precaução das legendas para terem uma moeda de negociação nos próximos dias.

Além das candidaturas oficiais, uma brincadeira: o PPN lançou os candidatos Tony Panetone e Bezerra Dourada.

O PPN, “Partido dos Pães Nacionais”, representa um grupo de estudantes que inventou os candidatos como protesto contra os escândalos.

Os demais candidatos inscritos representam PT, PC do B, PR, PSL-PTN, PV, PMDB, PRTB, PSDC, PTB e PRB.

Como esperado, o governador interino, Wilson Lima, lançou candidatura pelo PR.

Mas surpreendeu ao registrar Jucivaldo Salazar Pereira, tesoureiro do partido, como candidato a vice.

A expectativa era de que o PMDB o apoiasse, firmando, assim, a chapa mais forte.

O PMDB tem três deputados distritais e o PR, um.

Juntos, também agregariam cinco votos do PSDB, PP e PRP, que, agora, estão divididos entre um e outro.

O candidato registrado pelo PMDB é Rogério Rosso, ex-presidente da Companhia de Planejamento do DF.

O deputado federal Tadeu Filippelli, que dirige o PMDB local, admite a possibilidade de um acordo até dia 17. “Haverá desistências.

Esse número de candidaturas é constrangedor”, disse.

Dos dez candidatos, quatro ocuparam cargos na administração de Arruda, mas tentam se descolar de sua imagem.

O PT escolheu disputar a eleição com Antônio Ibañez, ex-secretário de Educação do DF.

Pelo PC do B concorrerá Messias de Souza, que até a semana passada era assessor especial de Guido Mantega no Ministério da Fazenda. / COLABOROU LEANDRO COLON