O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) criticou nesta quinta-feira (8) em Plenário a ideia de transformar da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) em um “mero departamento” da Eletrobras.
De acordo com Jarbas, essa ação teve aval da então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. - Trata-se de um processo semelhante ao que ocorre nas fusões, quando o grupo maior, paulatinamente, apaga a marca do parceiro menor.
O problema é que, nesse caso, a empresa apagada - a Chesf - é bem maior que a parceira.
Em 2009, a Chesf obteve um lucro de R$ 764 milhões contra, apenas, R$ 170 milhões da Eletrobrás - comparou.
O senador desafiou a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, a assumir a decisão de fundir a companhia com a Eletrobras, que classificou de “ideia esdrúxula”.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que o ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB-MA), teria dado esclarecimentos sobre o assunto na manhã de hoje na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e teria afirmado que, em nenhum momento, teria sido “cogitada tal destinação para a Chesf”.
Logo a seguir, o próprio Lobão chegou ao Plenário e reafirmou as declarações de Suplicy.
Ele garantiu que, ao contrário, durante sua gestão à frente da pasta de Minas e Energia seu objetivo foi prestigiar a empresa, tanto que ela foi convidada a se tornar sócia do empreendimento que está construindo a Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), que já concluiu 30% das obras.
Ao final de seu discurso, Jarbas Vasconcelos pareceu satisfeito com a oportunidade de esclarecer o tema junto à classe política e à opinião pública de Pernambuco.