No blog de Josias O governador pernambucano Eduardo Campos, presidente do PSB, desembarca nesta quarta (7) em Brasília.

Sua agenda tem um pedaço oficial e outro paralelo.

No oficial, o governador terá um encontro com o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

No paralelo, reúne-se com parceiros de direção partidária.

Vai à mesa a ‘quase-futura-talvez-quem-sabe’ candidatura presidencial de Ciro Gomes.

Ao informar sobre o naco semi-oculto da agenda do governador, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que Ciro não tomará parte da conversa.

Mas o que diabos pode ser decidido? “Não posso falar agora”, Amaral desconversou.

Ecoou uma incerteza que o próprio Eduardo Campos manifestara, há três dias, em Recife: “A gente não tem nada definido.

Tudo é possível”.

A depender da vontade de Lula, Ciro já é um ex-candidato.

Para auxiliar o PSB em sua decisão, o presidente cuidou de isolar seu ex-ministro.

Ciro se segura como pode.

Tomado por declarações que deu ao sítio Jangadeiro Online, o deputado ainda se considera no páreo: “Até maio, a gente resolve essa situação, mas eu continuo e sou candidato a presidente”.

Lamentou que a “mídia nacional” não o esteja levando a sério.

Perguntou-se a Ciro se o agastamento com o PT poderia conduzi-lo a uma composição com o tucano José Serra.

E ele: “É mais fácil o boi voar”.

Resta agora saber o que fará o PSB.

As pretendidas parcerias com PDT e PCdoB foram para o espaço.

Os dois partidos aninharam-se no colo de Dilma Rousseff. Às voltas com um projeto avulso, o PSB combinara com Lula que o futuro de Ciro seria definido em março.

Depois, a coisa escorregou para abril.

Agora, Ciro fala em maio.

Para utilizar a linguagem do candidato, o PSB parece esperar que a galinha crie dentes para, só então, assumir como sua uma candidatura que, hoje, é só de Ciro.

E de cerca de 12% do eleitorado.