Os partidos da oposição criticaram nesta quarta-feira (7) Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, pela homenagem feita ao ex-presidente Tancredo Neves.

Na terça-feira (6), Dilma visitou o túmulo de Tancredo em São João Del Rei, em Minas Gerais, e depositou flores no local.

Na visita, a ex-ministra afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou, na prática, o sonho de Tancredo.

Em nota, PSDB, DEM e PPS afirmam que a homenagem chega com 25 anos de atraso e “sem explicações”.

Os partidos da oposição acusam o PT e Dilma de “arrogantes” por nunca terem se desculpado por não apoiar Tancredo na transição democrática do país após o fim da ditadura militar.

Tancredo é avó do ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB-MG), que deixou o cargo para disputar as próximas eleições.

Os partidos da oposição acusam Dilma de fazer uma “encenação” e alegam que a homenagem ao ex-presidente é “oportunista”.

A nota publicada no site do PSDB é assinada pelos presidentes dos três partidos e foi divulgada no começo da tarde de hoje.

Leia a íntegra da nota: “Um atraso histórico A homenagem de Dilma Rousseff a Tancredo Neves chega com 25 anos de atraso e sem explicações devidas e nunca apresentadas todo esse tempo.

O PT, partido ao qual Dilma Rousseff aderiu recentemente, mas que hoje representa no nível mais alto, negou apoio a Tancredo Neves e ao pacto de transição democrática que sua candidatura presidencial possibilitou.

Intransigente no erro, o PT expulsou seus deputados que entenderam a importância desse pacto para o Brasil e votaram em Tancredo no colégio eleitoral.

Luis Inácio Lula da Silva, numa de suas lamentáveis bravatas oposicionistas, desprezou a proposta de diálogo entre trabalhadores e empresários formulada por Tancredo em sua pregação.

Com a arrogância habitual, nem o PT, nem Dilma Rousseff, nem Lula da Silva jamais se retrataram por suas posições equivocadas e mesquinhas nesse passo decisivo da caminhada do Brasil rumo à democracia.

Da mesma forma, jamais se retrataram da negativa de apoio a outro mineiro ilustre, Itamar Franco, quando lhe coube a missão de resgatar a democracia brasileiras dos descaminhos de Collor de Mello - hoje aliado dileto do governo Lula e da candidatura de Dilma Rousseff.

Tardia e mal explicada, a homenagem a Tancredo Neves se reduz a uma encenação com as marcas inconfundíveis da impostura e do oportunismo, presentes em outras passagens da carreira da neo-petista Dilma Rousseff.

Senador Sérgio Guerra (PE) - Presidente Nacional do PSDB Deputado Rodrigo Mais (RJ) – Presidente Nacional do DEM Roberto Freire – Presidente Nacional do PPS Brasília, 07 de abril de 2010”