dO Estado de S.Paulo Na primeira visita a Minas como pré-candidata do PT à Presidência, a ex-ministra Dilma Rousseff fez apelo para que petistas e peemedebistas cheguem a acordo para terem palanque único.

Dilma cumpriu agenda na cidade histórica de Ouro Preto ao lado dos pré-candidatos ao governo do Estado, Fernando Pimentel e Patrus Ananias (PT), e Hélio Costa (PMDB), ex-ministro das Comunicações.

A visita, porém, evidenciou o impasse entre os dois partidos. “Temos sempre dito que nós preferimos palanque único. É a melhor solução”, disse Dilma, ao ser indagada sobre o assunto em entrevista na Câmara Municipal.

Patrus, Pimentel e Costa sentaram-se lado a lado, mas demonstraram pouco entrosamento.

Apesar do apelo, a ex-ministra disse que não pretendia impor “nada a ninguém”. “Espero que seja um palanque único, torço para que seja palanque único, até apelo para que seja palanque único”, disse. “Mas, se não tiver palanque único, o que fazer?” A declaração causou desconforto entre peemedebistas, que levaram à Praça Tiradentes faixas em apoio a Costa e a Dilma. “Em Minas não há espaço para dois palanques”, reiterou o ex-ministro das Comunicações, líder nas pesquisas eleitorais.

Sem definir entre seus dois pré-candidatos, o PT tenta ganhar tempo e convencer Lula a apoiar candidatura própria. “Palanque duplo é uma boa tese”, disse o presidente do PT mineiro, deputado Reginaldo Lopes.

Após depositar flores no túmulo de Tancredo Neves, Dilma disse que o governo do presidente Lula realizou “na prática” o sonho do presidente mineiro, avô do tucano Aécio Neves.

Na Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), a petista iniciou e terminou sua palestra citando Tancredo, a quem chamou de “grande conterrâneo”. / EDUARDO KATTAH, ENVIADO ESPECIAL