Por Daniel Guedes, de Brasília Remanescente da Agenda CNI do ano passado, a PEC 231/1995, que trata da redução da jornada de trabalho, consta mais uma vez no anuário da Confederação Nacional da Indústria.
A entidade, no entanto, é contra o Proposta de Emenda à Constituição do deputado Inácio Arruda (PCdoB/CE).
Para a CNI, reduzir a duração da jornada de trabalho é uma medida “inconveniente” para o Brasil. “Nossa compreensão é que, neste momento, essa questão é inconveniente ao País.
Portanto, continuamos com aquela posição muito firme de que não se deve fazer redução de jornada através de uma medida impositiva.
Acho que redução de jornada deve ser discutida setor a setor, pela via da negociação e não pela via impositiva, pela via legal”, disse Armando Monteiro Neto (PTB), presidente da CNI.
Para ele, cada caso é um caso. “Acho que há diferenças.
Uma pequena empresa de confecções do Nordeste não pode ser nivelada a uma planta petroquímica de última geração”.
Para o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), é preciso buscar um equilíbrio entre os interesses do empresariado e das centrais sindicais. “Precisamos buscar um meio termo.
Temos que dialogar bastante.
Mas a sua polêmica é inevitável”, disse Temer.