Gabriela Guerreiro da Folha Online, em Brasília A oposição minimizou nesta segunda-feira as críticas da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) aos tucanos, a quem classificou de “falsos cordeiros com patinhas de lobo”.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que a comparação da ministra “não merece resposta” uma vez que ela age com “terrorismo” ao afirmar que o PSDB, caso eleito, vai acabar com programas do governo Luiz Inácio Lula da Silva –como o Bolsa Família e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “A ex-ministra continua mentindo, seguindo a prática usada pelo PT desde 2006.
O povo já conhece essas mentiras, esse terrorismo.
Não vai cair neles novamente.
Patinhas [de lobo] para cá, patinhas para lá, não é conversa que nos interesse.
Não merece resposta”, disse Guerra.
O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que os petistas deveriam falar sobre os programas em curso no governo federal ao invés do confronto direto com a oposição. “A discussão não é sobre os bichos, temos que discutir os homens, propostas, programas de futuro para o país.
Temos que demonstrar quem tem mais visão estratégica do futuro e escolher com competência.
Essa história de lobo e cordeiro deve ser uma discussão lá para a Granja do Torto, aqui não, não cabe”, afirmou.
Segundo Dias, Dilma vai adotar um discurso radical ao longo da campanha, embora tivesse que priorizar as suas ações no Executivo. “Não há dúvida de que o discurso será exacerbado e a oposição tem que estar preparada para isso. É estranho porque quem é situação, normalmente na campanha eleitoral, apresenta os seus feitos e os destaca.
Quem faz oposição é quem está na oposição”, afirmou.
Os oposicionistas negam que estejam dispostos a acabar com programas sociais do governo Lula, como afirmou Dilma nesta segunda-feira. “O único programa social do governo Lula foi o Fome Zero, e não foi a oposição que acabou com ele.
Os outros programas sociais são programas do governo anterior, e nós aplaudimos a manutenção desses programas.
E eles persistirão no governo de José Serra, certamente”, disse Dias.