No Portal Terra GOIÂNIA - Uma das irmãs siamesas de um ano e cinco meses, que foram separadas no dia 30 de março, morreu por volta de 7h30 desta terça-feira, após quatro paradas cardíacas.
Maria Luíza contraiu uma infecção no último domingo, surpreendendo a equipe médica, e não resistiu.
Ela estava internada na UTI do Hospital Materno-Infantil (HMI) desde que saiu da mesa de cirurgia, no dia 30.
A operação durou 12 horas e 15 minutos.
De acordo com o médico responsável pela separação, o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, a bebê era a mais frágil das irmãs e sofria com um sério problema de coluna e um pulmão esquerdo bastante reduzido.
O estado de saúde da outra irmã, Maria Luana, ainda é considerado grave, mas estável, segundo Calil.
A situação dela é mais complicada porque ela só tem um rim, e ainda depende de hemodiálises. “Mas ela está melhorando.
Ontem o intestino começou a funcionar.
Talvez amanhã não precise mais de hemodiálise”, comentou.
As irmãs são naturais de Recife (PE) e estão em Goiânia desde o dia 17 de março.
Filhas da professora Larissa Nunes dos Santos, 22 anos, as duas eram unidas pela cintura, dividiam o mesmo fígado, intestino grosso e parte do intestino delgado e tinham, juntas, três pernas.
Calil considerou a cirurgia como uma das mais complexas, só não mais do que a de siameses unidos pela cabeça.
Tanto o médico como o HMI são considerados referência em cirurgia de separação de siameses.
Já foram 14 operações nos últimos 12 anos.
Além da mãe, duas avós estão em Goiânia, alojadas em um abrigo público.