da Efe A ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva, que concorre à Presidência pelo Partido Verde, disse ontem (5) que, caso eleita, manterá a atual política econômica. “Nós temos uma política econômica baseada no tripé do superavit primário, a política cambial e o controle da inflação a partir de metas.

Durante um tempo isso era chamado política neoliberal, mas ultimamente não vi mais esse termo associado a essas três ferramentas.

Elas devem ser mantidas, reorientando o processo”, comentou Marina.

Ela visitou hoje o ABC e defendeu o aumento do rigor na diminuição das taxas de juros e no aumento dos investimentos. “Foi graças às reservas que temos que foi possível atravessar essa crise econômica sem grandes sobressaltos e fazer os incentivos necessários.

O que chamo economia de “sob carbono”.

Alguns dizem que é impossível, mantendo esse tripé, fazer essa nova economia, mas claro que é possível”, afirmou.

Os recursos, segundo Silva, devem ser destinados ao “desenvolvimento sustentável, social e cultural”.

Apesar de defender a atual política econômica, Marina ressaltou que sua proposta é diferente da feita pela ex-ministra e pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e da do ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB, José Serra, favoritos nas pesquisas de intenções de voto.

Enquanto Serra e Dilma estão acima dos 30% nas pesquisas, Marina aparece com uma percentagem que ronda os 10%. “Meu projeto é completamente diferente.

Não é de “desenvolvimentismo”, no que ambos se parecem.

Não pode haver crescimento sem que ele se transforme em uma melhoria na vida das pessoas em todos os aspectos”, apontou.