Por Daniel Guedes, em Brasília O ano é de eleição, mas as atividades do Congresso Nacional não podem ser interrompidas pelo calendário eleitoral. É o que defende o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Armando Monteiro Neto.
Nesta terça-feira (6), ele apresentou em Brasília a Agenda Legislativa da Indústria, uma reunião de 117 projetos de lei cuja apreciação interessa ao setor industrial.
Desta lista de mais de uma centena de tópicos, a entidade separa 20 como prioritários.
Desses, apenas oito não fazem parte da agenda lançada no ano passado.
Para a CNI há expectativa de aprovação de algumas propostas, embora o presidente da entidade reconheça o calendário apertado do Legislativo. “Embora reconhecendo que o calendário político reflete na atividade do Congresso, entendemos que não podemos correr o risco de uma situação paralisante.
O Brasil precisa que o Congresso aprecie e delibere sobre questões que são importantes para o desenvolvimento do País.
O ano e o calendário político não devem ter efeito paralisante”, defendeu.
O presidente da CNI, entretanto, defende que alguns itens, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que estabelece o piso nacional para policiais e bombeiros, e a redução da jornada de trabalho sejam apreciados somente após as eleições. " Com os temas da área trabalhista, temos realizado ação no sentido de convencer setores do Congresso que certas matérias, pela natureza de apelo poltíco-eleitoral, devem ser examinadas sem a pressão do calendário eleitoral".
Veja, ainda hoje, a cobertura completa do lançamento desta edição da agenda com vídeos e entrevistas.
PS 1: O repórter viajou a Brasília com as despesas de passagem e hospedagem pagas pela CNI.