Dezenas de pessoas foram ao sepultamento do empresário (Foto: Daniel Guedes/Blog de Jamildo) Políticos, empresários, parentes e amigos lotaram a capela do Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife, neste sábado (27), para se despedir do terceiro de dez filhos do ex-governador Miguel Arraes de Alencar.
Carlos Augusto Arraes de Alencar morreu no final da tarde de sexta-feira (26), no Rio de Janeiro, vítima de uma pneumonia química.
Seu sobrinho, o governador Eduardo Campos, a víuva, Sandra Leote Arraes, e os filhos de 15 e 17 anos eram os mais emocionados.
Eduardo era muito próximo ao seu “tio Gusto” e, segundo assessores, sempre que tinha agenda no Rio, procurava encontrá-lo.
O governador passou toda a missa em silêncio, ao lado da viúva e seus filhos.
Do outro lado, sempre com as mãos nos ombros do governador, estava a primeira dama Renata Campos.
Em nenhum momento eles saíram de perto do caixão.
Dona Madalena, viúva de Miguel Arraes, aparentava força e era apoiada pela deputada federal Ana Arraes.
Todo o secretariado do Estado estava no cemitério.
Além deles, nomes como Guel Arraes - filho do ex-governador -, sua ex-mulher, a atriz Virgínia Cavendish, o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Armando Monteiro Neto, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro e o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa.
Diversos prefeitos compareceram à cerimônia: Djalma Paes (Glória do Goitá), Etore Labanca (São Lourenço da Mata), Sandoval Cadengue (Brejão), entre outros.
Também compareceram o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Fernando Correia, e o presidente da Chesf, Dilton da Conti.
Formado em física pela Universidade de Sorbonne, na França, não exercia a profissão.
Trabalhava como empresário do ramo de exportação.
Morou fora do Brasil, na França e na Argélia.
Depois da Anistia, em 1979, voltou ao País e passou a morar no Rio de Janeiro. “Conheci ele muito pequeno.
Convivi com ele em Paris.
Gusto, da família, era o mais alegre.
Era o cara que que gostava de curtir a vida”, contou o pintor José Barbosa, amigo que esteve com Augusto pela última vez no ano retrasado, em Maragogi (AL).
Foi ele quem fez a foto que distribuia no cemitério.
A imagem mostra Augusto e Miguel Arraes na França, em 1973.
Em 2007, Augusto descobriu um câncer de fígado.
Chegou a ser transplantado e ficar livre da doença.
No dia 10 de março teve uma pneumonia química, consequencia de um refluxo, que o levou para o Hospital São Vicente, no Rio de Janeiro.
Ontem, às 17h, faleceu.
O corpo chegou à capital pernambucana às 15h deste sábado e foi enterrado duas horas depois, no túmulo do pai.
Augusto e o pai, Miguel Arraes, em 1973, durante o exílio em Paris (Reprodução de foto feita por José Barbosa)