Camila Tuchlinski e Gabriel Pinheiro para o Estadao Na primeira parte do debate entre defesa e acusação, o promotor Francisco Cembranelli comparou as ligações telefônicas entre vizinhos e polícia no dia da morte de Isabella e concluiu: “Eles (Nardonis) estavam no apartamento quando Isabella foi jogada.” O promotor afirmou, baseando-se em uma reprodução cronológica das ligações, que o porteiro levou 20 segundos para avisar o então síndico, Antônio Lúcio, que morava no primeiro andar do Edifício London, que uma menina havia caído do prédio.

Entre o tempo de o síndico atender a chamada, ir até a sacada, ver Isabella no chão e chamar a polícia, foi gasto 1 minuto e 20 segundos.

O síndico, segundo Cembranelli, disse para atendente: “Pelo amor de Deus, filha, rua dona Santa Leocádia, número 318.

Jogaram uma menina lá de cima”.

Em seguida, quando olhou pela janela e viu Alexandre, disse para a atendente do Copom: “Jogaram a menina do 6º andar.

Tem ladrão no prédio”.

Com isso, o promotor quis dizer que Antonio Lucio só deu essas informações após avistar Alexandre ao lado de Isabella, estendida na grama.

De acordo com esta reprodução, Alexandre levaria 52 segundos para descer de seu apartamento até o térreo, segundo o trajeto calculado no elevador. “Contra fato não há argumento”, enfatizou Cembranelli.