Caro Jamildo, A diretora do Hospital Regional do Agreste (HRA), dra.
Aparecida Souza, em nenhum momento desmentiu as denúncias feitas por mim sobre as péssimas condições de funcionamento do referido hospital.
Pelo contrário, ela admitiu que o HRA sofre com os problemas das grandes emergências e que faltam médicos especializados para atender aos doentes.
Em nenhum momento da nota da diretora ela desmentiu que as macas do Samu ficaram retidas no HRA porque não tinha macas para colocar os pacientes levados até lá pelo Samu, fato que prejudicou muitas pessoas que não foram atendidas pelo serviço exatamente porque faltavam macas para remoção.
Entendo a coitada da diretora que tem uma missão impossível, ou seja, ela está tentando salvar vidas num hospital que é chamado pela população de “matadouro humano”.
Talvez fosse interessante, meu caro Jamildo, que seu blog tentasse ter acesso ao HRA para registrar o que acontece lá dentro.
Com certeza isso não será possível porque a direção do hospital não permite que a imprensa tenha acesso às suas dependências.
Na nota da diretora fica bem claro que ela foi orientada por seu superior- leia-se o secretário de Saúde João Lyra Neto – para tentar uma explicação sobre o caos em que se transformou o atendimento no HRA.
Mas para a imprensa de Caruaru e também para o programa o Povo na TV, da TV Jornal do Commercio, a dra.
Aparecida Souza admitiu publicamente que as macas do Samu foram retidas no HRA, mas que naquele mesmo dia, à tarde, elas foram devolvidas.
Por outro lado, ela também não desmentiu que pacientes esperam há meses para colocar uma prótese e que o hospital dá sempre a desculpa de que o atraso é por conta dos fornecedores.
Na nota a diretora também relaciona uma série de investimentos que foram feitos no HRA, o que leva qualquer pessoa a concluir que, se foram investidos tantos recursos no hospital e o atendimento só faz piorar é sinal de que o problema, então, é de gestão.
Por fim, caro Jamildo, você me conhece e sabe que não sou de criar factóides e jamais faria uma denúncia vazia contra um hospital que, em tese, deveria atender bem não apenas a população de Caruaru mas todo o Agreste de Pernambuco.
Atenciosamente, Miriam Lacerda- deputada estadual pelo DEM