Entenda o caso, pelo que o JC publicou no último dia 26: Acuado pelos ataques da antiga União, Humberto se viu obrigado a usar, na reta final da campanha para governador,em 2006, boa parte do programa do PT para se defender e responder aos adversários.
Em meio ao bombardeio, chegou a ganhar o apoio público do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o levou à televisão.
Mas não conseguiu estancar a queda nas pesquisas e a migração dos votos para Eduardo, então terceiro colocado. “Toda campanha política tem gente séria e gente que faz papel imprestável.
Mas não se preocupe, Humberto.
A verdade virá à tona, não se deixe perturbar pelas acusações dos adversários”, disse Lula, em um ato em Caruaru (Agreste).
Além do indiciamento, o comando da campanha de Humberto se deparou com outro obstáculo: separara para o eleitor os aspectos da Operação Vampiro, que investigou a fraude nas licitações dos hemoderivados, e a máfia das ambulâncias, escândalo que surgiu depois e ganhou grande repercussão nacional.
Militantes e candidatos proporcionais vinculados à antiga União divulgaram jingles explorando o escândalo mais recente, numa tentativa de vinculá-lo ao petista.
OPERAÇÃO VAMPIRO Deflagrada em maio de 2004 em Brasília, Rio e São Paulo, a operação resultou na prisão de 17 servidores públicos, lobistas e empresários envolvidos em fraudes nas licitações para a compra de hemoderivados para o Ministério da Saúde.
Entre os detidos, estava o coordenador-geral de Logística do ministério, o pernambucano Luiz Cláudio Gomes da Silva, até então um dos principais auxiliares de Humberto Costa.
Antes de ir para o ministério, ele ocupou a diretoria financeira da Secretaria de Saúde do Recife, no período em que Humberto era secretário municipal.
Na casa de Luiz Cláudio no Recife, a PF apreendeu R$ 120 mil, US$ 20 mil e 7 mil.
A máfia funcionava desde 1990, segundo a PF.