Depois de recusar as propostas do governo, os trabalhadores em educação do Estado paralisam as atividades por 24 horas nesta quarta-feira (24).

No mesmo dia, o Sintepe promove assembleia geral, às 14h, na quadra do Instituto de Pernambuco (IEP), em Santo Amaro.

Em seguida haverá a 2ª Marcha Estadual pela Educação, com direção ao Palácio do Campo das Princesas, que vai contar com a presença de toda a comunidade escolar (pais, alunos e trabalhadores).

Após a análise dos cálculos, ficou comprovado que os três modelos apresentados nas duas últimas rodadas de negociação acarretam uma desestruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), além de incorporar os 60% da gratificação pelo exercício do magistério, conhecido como “Pó-de-giz”.

A proposta gera um achatamento de classes, que resulta na diminuição dos salários dos trabalhadores com mais tempo de serviço e títulos de graduação.

No caso de um professor em carreira inicial, foi apresentado o valor de R$ 640,63 a ser pago no período de janeiro a maio de 2010, e R$ 783,75, a partir de junho.

Já para os docentes com a carreira de 40 horas aulas semanais (classe I da faixa salarial “A”), os valores são R$ 854,17, de janeiro a maio, e R$ 1.055,00 a partir de junho.

Se o salário exceder o valor da tabela, a ideia do governo é criar uma parcela compensatória para garantir a remuneração atual.

Outra perda que a categoria está sujeita diz respeito aos cortes nas gratificações. “O governo quer desvincular as gratificações de difícil acesso, educação especial e de locomoção, ou seja, colocá-las em valores nominais, eliminando assim os percentuais que vigoram hoje”, afirma o presidente do Sintepe, Heleno Ararújo.

A surpresa ficou por conta dos diretores e outros funcionários que ocupam cargos de gestão de rede, cuja proposta do governo é um acréscimo de 61,2% na remuneração.

REIVINDICAÇÕES A pauta aprovada pelos trabalhadores contempla questões de valorização profissional, considerando as pendências no que diz respeito à Lei 11.738/2008, que prevê implantação do Piso Salarial Nacional dos Profissionais do Magistério e seus respectivos reajustes anuais que deveriam ser concedidos nos meses de janeiro; as aulas atividades, a situação dos professores revertidos, reformulação do Plano de Cargos e Carreira (PCC), devolução dos dias descontados na greve passada, além de tratar as pendências reivindicadas em 2009.

A campanha desse ano começou mais cedo devido à Lei Eleitoral 9.504/97, que proíbe qualquer tipo de reajuste ao servidor a partir dos 180 dias que antecedem as eleições.