Por Janguiê Diniz - Presidente do Conselho do Grupo Ser Educacional - janguie@sereducacional.com Procurar um emprego fixo numa grande empresa ou aventurar-se num negócio próprio?

Esse é um dos dilemas dos jovens recém formados que buscam alcançar sucesso profissional e pessoal com a inquietação peculiar da juventude.

Segundo um estudo do instituto internacional Global Entrepreneuship Monitor, nos últimos cinco anos o número de jovens empreendedores cresceu mais de 30%.

Já são 3 milhões de brasileiros entre 18 e 24 anos à frente do próprio negócio, mesmo sabendo dos riscos e incertezas desta opção.

A ascensão- relâmpago de figuras como Larry Page e Sergey Brin, os fundadores do Google, ou de Mark Zuckerberg, o criador do site de relacionamento Facebook, motiva a opção empreendedora desse grupo de jovens.

Outro aspecto que motiva o empreendedorismo vem da visão otimista que têm da economia brasileira, onde enxergam espaço para inovação.

Inovação é hoje, afinal, o que mais enriquece um país.

Num cenário em que 83% dos donos de negócios brasileiros nem sequer pisaram numa universidade, esses jovens com diploma têm maior possibilidade de prosperar.

Os dados confirmam esta tese.

Apenas 7% das empresas abertas por brasileiros com ensino superior fecham antes de completar um ano de vida, um quarto da média nacional.

Esses jovens empreendedores saem das faculdades e universidades com uma bagagem atualizada e equilibrada entre a aquisição de conhecimentos e o aprender com experiências.

Vão para o mercado com a cultura do planejamento.

Não há “achismos” e feeling.

Os negócios são iniciados somente após pesquisarem minuciosamente o mercado e elaborarem um detalhado plano de negócio.

O que diminui consideravelmente o risco de um naufrágio empresarial.

O Brasil sempre teve altos índices de empreendedorismo.

Entre os jovens, 15% dos brasileiros já estão à frente de seu próprio negócio, mais do que americanos (14%) ou indianos (12%) - ambos tradicionalmente empreendedores.

Mas empreender não significa apenas abrir um negócio, o jovem pode ser empreendedor dentro de uma empresa tomando uma postura diferente, uma atitude, usando a criatividade para a resolução de problemas, com pró-atividade e dedicação.

Portanto, ao concluir o curso superior o jovem antenado poderá optar pelas duas vertentes do empreendedorismo: buscar um emprego numa grande empresa ou aventurar-se num negócio próprio, desde que, durante sua graduação, além de adquirir conhecimentos, aprenda a aprender e ouse.

A ousadia é uma das principais características do empreendedorismo e da inovação.