A memória de Lavareda é curtíssima Chico Bruno, em seu blog Hoje ao ler, como faço diariamente a coluna Panorama Político, de O Globo, pilotada com habilidade pelo Ilimar Franco, lembrei-me de minha falecida mãe. É que na infância, quando começava a dar uma de gato-mestre, minha mãe advertia-me, dizendo que iria pendurar uma melancia em meu pescoço.
A lembrança veio forte ao ler a nota intitulada “Lavareda reclama de memória curta”, que diz: “Sobre as críticas de tucanos à sua orientação eleitoral em 2006, o cientista político Antonio Lavareda diz: A estratégia recomendada em 2006 em Pernambuco aprovada pelo comando político foi à mesma de 2002, ano em que Lula também ganhou a eleição presidencial.
Jarbas Vasconcelos (PMDB), Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB) se elegeram sem falar no nome de José Serra uma única vez no programa de TV.
Isso se chama estadualizar a campanha.” Ao terminar de ler a nota, fiquei com uma baita vontade de pendurar uma melancia no pescoço do professor Antônio Lavareda. É que ultimamente, ele faz qualquer negócio para aparecer na mídia, seja ela de natureza política ou social.
Aliás, as fotos que distribui para a impressa são um luxo.
São dignas de book de modelos.
Ora, bolas!
Por que o professor Antônio Lavareda deu a declaração que virou nota na coluna do Ilimar.
Será que ele está com a memória curtíssima.
Apenas, para avivar a memória do companheiro, quero lembrá-lo, que um dos maiores eventos da campanha de Serra em 2002 foi uma passeata, convocada por Jarbas Vasconcelos, candidato à reeleição, que percorreu o centro do Recife, que de tão grande, ganhou foto na primeira página da Folha de São Paulo.
Além disso, aconteceram outros eventos com Jarbas e Serra, sendo que um deles em Paulista, cidade da Região Metropolitana do Recife, arrebanhou uma multidão.
Além disso, o material impresso e eletrônico da campanha de Jarbas em 2002 está arquivado.
Ele mostra que não houve a orientação de que fala Lavareda.
Quem deve estar surpreso com a nota é o senador Jarbas Vasconcelos, que nunca iria aceitar tal orientação, pois não faria uma ingratidão com Serra, que enquanto ministro, tratou Pernambuco com a fidalguia que o estado merece.
Faço esse reparo, para repor a história da campanha de 2002 de Serra em Pernambuco na rota da verdade.
Com relação a 2006, vale lembrar aos navegantes que as estruturas de campanha no Pernambuco foram distintas.
Jarbas, candidato ao Senado, montou a sua equipe e Mendonça Filho, candidato ao governo, trabalhou com o professor Antônio Lavareda, cujo grande erro foi bater em cachorro morto, no caso Humberto Costa, ex-ministro da Saúde, acossado pela mídia brasileira pelo suposto envolvimento na máfia dos vampiros e das sanguessugas.
Essa é a verdade.
O resto é conversa de quem anda doido para colocar uma melancia no pescoço.