Em relação ao post publicado no blog, o secretário especial de Esportes, George Braga, inicialmente tranquiliza os pernambucanos a respeito da participação de Pernambuco como cidade-sede da Copa do Mundo de 2014, pois ao contrário do que foi dito pelos deputados da oposição na manhã desta quinta-feira (19), em coletiva na Assembléia Legislativa de Pernambuco, não há risco de o estado ser retirado do processo.
Até porque, nenhuma informação apresentada na referida coletiva é precisa. É importante também ressaltar que o projeto do Governo do Estado para a Copa do Mundo de 2014 já foi ampla e exaustivamente debatido com a sociedade, incluindo a realização de uma Rodada Nordestina Rumo à Copa, respectivamente, segunda e terça-feira passada (15 e 16), a qual todos os deputados estaduais da oposição foram oficialmente convidados, mas não compareceram, numa pequena mostra da “preocupação” da bancada oposicionista com o tema.
A Secretaria de Esportes aproveita para informar que é totalmente a favor da realização de uma audiência pública para dirimir definitivamente qualquer dúvida que porventura ainda paire, aguardando assim o convite da Assembléia Legislativa.
Até lá, segue abaixo alguns esclarecimentos referentes às questões levantadas pela oposição: Utilização do Arruda O estádio do Arruda, assim como os Aflitos e a Ilha do Retiro, são equipamentos de propriedade privada e, assim sendo, o Governo do Estado não pode investir um centavo sequer nos mesmos.
Em três cidades-sedes – Curitiba, São Paulo e Porto Alegre – onde estádios particulares serão palcos dos jogos, os times proprietários dos mesmos, respectivamente Atlético/PR, São Paulo F.C. e Internacional, contraíram empréstimos para transformá-los em arenas.
Para investir no Arruda (ou os Aflitos e a Ilha do Retiro), o Governo do Estado teria que desapropriá-lo, o que inicialmente já demandaria um investimento.
Mesmo assim, os três estádios não seguem os parâmetros exigidos pela Fifa, que vão desde o cuidado para que em nenhum momento do dia a luz do Sol incida nos olhos do goleiro, passando pelo rigor nas medidas dos degraus das arquibancadas, terminando com a cessão da área ao redor da arena, num raio de três quilômetros (incluindo o espaço aéreo) à entidade, em dias de jogos.
Para se ter uma idéia, em Salvador a Fonte Nova será “reformada” para a Copa.
Em outras palavras, vai ser completamente demolida, numa operação que implica dez meses de trabalho e R$ 100 milhões em investimento.
Só a partir daí será construída a “nova” Fonte Nova.
A licitação da Arena da Copa se dará na próxima segunda-feira (22).
Sobre a especulação da dificuldade de se encontrar parceiros para o empreendimento, 22 empresas se credenciaram a participar do processo licitatório e 19 delas visitaram o local onde será erguida a Arena e que, ao contrário da informação repassada pela oposição, custará no máximo R$ 480 milhões (e não R$ 1 bi), através de um investimento totalmente privado.
O vencedor do processo licitatório se obriga a entregar a Arena até 31 de dezembro de 2012 para que, em 2013, Pernambuco se credencie a receber as partidas da Copa das Confederações.
Legado Ao contrário do que diz a oposição, a Cidade da Copa não será um elefante branco.
Pelo contrário, vai viabilizar um conjunto de obras viárias na Região Metropolitana do Recife, permitindo uma melhoria na mobilidade urbana e incentivando a expansão da RMR para a Zona Oeste.
Além da Arena da Copa, será construída uma verdadeira “cidade”, com a possibilidade de abrigar cerca de 45 mil pessoas, uma “população” maior do que a encontrada em cerca de 80% dos municípios pernambucanos.
O deslocamento deste contingente para a região garantirá o desenvolvimento econômico de São Lourenço da Mata, assim como de municípios vizinhos.
A Copa do Mundo permitiu ainda a captação de investimentos na ordem de R$ 1 bilhão para viabilizar até 2014 obras que poderiam levar décadas para serem realizadas, como a Via Mangue, os corredores viários Norte-Sul e Leste-Oeste.
A as BRs 101 e 408 serão requalificadas, assim como a via que liga Camaragibe a São Lourenço da Mata, batizada de Radial da Copa, numa série de melhorias na mobilidade pública que beneficiará todos os usuários – de transportes públicos ou não – da RMR.
O sistema de metrô da RMR também será ampliando, incluindo a construção de uma nova estação na própria Arena, além da aquisição de novos trens, garantindo a fluidez dos torcedores.
Será o único estádio em Pernambuco possível de ser acessado com rapidez e segurança através de todos os meios de transportes urbanos, e o único no Brasil totalmente conectado ao aeroporto via metrô.
Licenciamento Ambiental A Arena da Copa já tem a licença prévia ambiental emitida pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), que viabiliza o início das obras, o que deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2010.
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Líder do governo rebate