Deu no blog de José roberto de Toledo São cinco eleições presidenciais polarizadas entre PSDB e PT, entre PT e PSDB.

Mas a análise de cada uma delas mostra que a história nunca se repete de forma idêntica.

Olhar para um momento da campanha eleitoral e, a partir dele, tentar fazer previsões para o futuro é um exercício tão científico quanto a quiromancia.

Em eleições e, portanto, em pesquisas eleitorais, o passado não é espelho do futuro.

O gráfico abaixo mostra o percentual de intenção de voto dos candidatos a presidente tucano (azul) e petista (vermelho) nas eleições de 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, sempre nos meses de março e maio, segundo o Datafolha.

O percentual de Dilma Rousseff (PT) em 2010 é muito semelhante aos do candidato do seu partido, na mesma fase da campanha, em 1994 e em 2002.

Em ambas as eleições, Luiz Inácio Lula da Silva chegou a um patamar próximo de 30% em março e cresceu para mais de 40% dois meses depois.

Mas com desfechos opostos: uma ele perdeu, a outra ele ganhou.

Um petista poderia olhar para o passado e dizer que Dilma vai repetir o Lula vitorioso de 2002.

Um tucano diria que ela fará como Lula em 1994: subir antes da hora para cair na reta final.

Já o percentual de José Serra (PSDB) é maior do que o da maioria dos presidenciáveis tucanos nessa época da eleição em anos anteriores.

Só perde para o de Fernando Henrique Cardoso em 1998.

Um petista olharia o gráfico e poderia arriscar que, assim como em 2002, o tucano tende a continuar caindo até ser ultrapassado por Dilma.

Já um militante do PSDB enxergaria uma repetição de 1998, quando FHC saiu de um patamar alto, teve uma inflexão no meio do ano, mas terminou eleito no 1º turno.

Gráfico do blog de José Roberto de Toledo