A candidatura Dilma Rousseff à Presidência da República avançou em três pontos fundamentais: na intenção de votos, na ampliação do conhecimento e na queda da rejeição ao seu nome, reveloua a Pesquisa CNI-Ibope divulgada em São Paulo nesta quarta-feira, pelo diretor de Operações, Rafael Lucchesi, e pelo gerente da Unidade de Pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca.

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 6 e 10 últimos com 2002 entrevistados em 140 municípios, a candidata do PT cresceu 13 pontos porcentuais em relação à pesquisa anterior, de dezembro de 2009, atingindo 30% das intenções de votos, contra 17% em dezembro.

A ministra-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República foi quem mais se tornou conhecida desde dezembro: 44% afirmam hoje conhecê-la bem ou mais ou menos, contra 32% na pesquisa passada.

O índice de rejeição dela caiu de 41% para 27%.

Apesar desses avanços, a pesquisa CNI-Ibope aponta que o governador paulista José Serra, provável candidato do PSDB, continua à frente da adversária política, com 35% das intenções de voto, cinco pontos porcentuais acima dos votos para Dilma Roussef, diferença que em dezembro era de 21 pontos porcentuais.

Serra registrou queda de três pontos porcentuais sobre a posição anterior, mas continua como o candidato de menor índice de rejeição, com 25%.

Lucchesi atribuiu o crescimento da candidatura Dilma principalmente à exposição pública e ao fato da sua candidatura já ter sido oficializada pelo PT.

Destacou que como as eleições, em outubro, ainda estão distantes, os três pontos em que a candidata do PT cresceu são interdependentes, ou seja, a intenção de voto, o maior conhecimento e a queda na rejeição estão relacionados entre si.

Renato da Fonseca prevê que, com a oficialização das outras candidaturas e, portanto, maior visibilidade, é possível que as diferenças entre elas se alterem.

Pela primeira vez, a pesquisa CNI-Ibope, que faz a avaliação do governo desde 1996 e inclui pesquisa eleitoral em ano de eleição, levantou a preferência de voto em candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais da metade dos brasileiros – 53% - prefere votar em candidato apoiado por Lula, 10% disseram que votarão em candidato da oposição e 33% informaram que não levarão em conta a posição do presidente da República quando forem votar.

Ainda é expressivo, porém, com 42%, o porcentual de eleitores que desconhece o candidato apoiado pelo presidente Lula.

Na avaliação do governo, a pesquisa CNI-Ibope apontou índice recorde na aprovação do governo, com 75%.

A maneira de governar do presidente Lula é aprovada por 83% da população e 77% dos entrevistados confiam no presidente da República.

Cresceu também, sobre o levantamento de dezembro, a percepção de que o segundo mandato está sendo melhor do que o primeiro, opinião compartilhada por 49% dos entrevistados.