Por Ruy José Guerra Barretto de Queiroz Professor Associado, Centro de Informática da UFPE Ninguém duvida de que o sufrágio universal é um elemento fundamental de uma democracia, e, naturalmente, a medida de sua precisão, sua legitimidade e sua incorruptibilidade determina a saúde do regime democrático que lhe dá acolhida.

Nesse sentido, as intenções do eleitor devem ser coletadas e agregadas de modo absolutamente transparente para a obtenção do resultado de uma eleição.

Por outro lado, em razão do fato de que o conhecimento público do voto do indivíduo pode levar à coação e à compra de voto, o processo que registra a intenção do eleitor e calcula o resultado final deve também manter o sigilo da cédula eleitoral.

Eis que se apresenta um conjunto contraditório de requisitos: transparência e sigilo.

Com efeito, o sigilo da cédula conflita com a auditabilidade, e ainda assim a privacidade é do interesse não apenas do indivíduo mas da própria instituição do voto secreto.

Verificabilidade e sigilo do voto View more documents from guest0739d3c.