Tomografia identifica obstrução em uma das artérias do coração de Arruda Da Folha Online, em Brasília A tomografia do coração realizada pelo governador afastado e preso do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), identificou a obstrução em uma das artérias coronárias por uma placa de gordura.
A informação foi repassada nesta terça-feira pelo médico particular de Arruda, Brasil Caiado, que solicitou um novo exame fora da prisão, chamado de cateterismo cardíaco, para identificar o grau da lesão.
A avaliação ainda não tem data para ocorrer. “Não dá pra saber [SE É GRAVE].
Ele tem uma alteração que sugere que tem uma alteração na coronária.
A placa de gordura obstrui parcialmente, mas tenho que estratificar com precisão para poder definir qual é o risco dele”, afirmou.
Segundo Caiado, o quadro de hipertensão e de depressão apresentado pelo governador afastado já existia antes da prisão, mas foi agravado com a custódia. “A gravação da pressão arterial ainda mostrou a pressão um pouco elevada, eu já tinha feito ajuste da medicação domingo e hoje a pressão já está melhor, 13x9.
O problema é que, o exame que foi feito ontem, uma tomografia das coronárias, mostrou uma placa de gordura numa artéria chamada descendente anterior. É uma placa estimada, porque é um exame por imagem, em 50% de obstrução em uma artéria principal do coração”, disse.
Para o médico, o novo exame é importante para avaliar qual tratamento será adotado e se haverá ou não necessidade de internação. “Eu optei por indicar um cateterismo cardíaco, que verifica com precisão essa lesão e estratifica o grau. É a partir do grau dessa lesão que a gente define o que fazer.
Você leva um cateter no coração, injeta um contraste e faz um exame detalhado das coronárias.
A doença coronária é a maior causa de morte no mundo.
Quando você obstrui totalmente é o infarto.
No caso dele não, eu tenho uma obstrução parcial.
Uma alteração sugestiva de uma obstrução”, disse.
Na avaliação do médico, o estado de saúde de Arruda merece uma atenção especial pelo histórico familiar. “Toda vez que um paciente tem um histórico como ele, que tem de dois irmão safenados, pai que morreu de doença coronariana aos 60 anos, existe a associação de hipertensão mais diabetes associado a depressão, você sempre fica mais preocupado com a saúde daquele paciente”, afirmou.
Desde que foi preso no dia 11 de fevereiro, Arruda deixou a prisão por três vezes para realizar exames, sendo que a tomografia foi realizada ontem.
Na primeira, foi descartada a trombose (formação de coágulo de sangue) no pé direito, que foi operado no ano passado.
Na ressonância realizada na semana passada, também não foi identificada nenhuma alteração no tornozelo.
Caiado disse que o tornozelo continua inchado e deve ser por causa da falta de fisioterapia.