O governador Eduardo Campos esteve no município de Caruaru – a 132 km do Recife – nesta terça-feira para abrir a audiência pública que tratou dos impactos ambientais que serão causados pela construção da Adutora do Agreste.
Orçada em R$ 1,5 bilhão, a obra tem mais de mil quilômetros de extensão e vai levar água a 1,9 milhão de pernambucanos de 61 municípios do Agreste e do Sertão. “O Agreste pernambucano é a região do Nordeste que tem mais gente e menos água. Água é vida, é saúde, é a possibilidade de atrair empresas que gerem emprego, que é o que a população precisa.
A Adutora do Agreste é a reivindicação número um de Pernambuco para o PAC 2”, disse Eduardo referindo-se à captação dos recursos junto ao Ministério da Integração Nacional.
A inclusão da Adutora no novo PAC foi já foi tratada pelo governador com o presidente Lula.
O Governo já abriu a licitação para contratar a empresa que ficará responsável pelo projeto básico das obras.
Serão 12 meses e R$ 16 milhões em investimentos para esta etapa.
Pela promessa, a construção da Adutora terá início em junho do próximo.
Serão 1.030 quilômetros de tubos – quase 300 km a mais que distância entre o Recife e a cidade pernambucana de Afrânio, a mais distante da capital.
A Adutora do Agreste será construída por etapas e terá uma vazão de 4 mil litros por segundo.
Ela vai funcionar integrada ao eixo Leste da Transposição do São Francisco, de onde vai retirar a água e levar até o reservatório de Ipojuca para depois seguir até uma estação de tratamento.
Os beneficiados que primeiro irão sentir o impacto das obras serão Pesqueira, Arcoverde, Sanharó, Poção, Angelim, Venturosa, Pedra, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Manari e Águas Belas.
Para João Bosco, em cinco anos, a atual estrutura de abastecimento de Pernambuco não dará mais conta da demanda. “A partir daí, onde vamos buscar água para o desenvolvimento de Caruaru ou de Toritama?
Pouca gente sabe da gravidade dessa questão para a região.
Pesqueira e Arcoverde estão travadas no desenvolvimento pela falta de água.
Isso será solucionado com a água do São Francisco, com a adutora que é um marco histórico do equacionamento da questão hídrica na região do Agreste pernambucano”, explicou.
Cerca de 850 pessoas compareceram à quadra do SESC para conhecer o projeto, tirar dúvidas e fazer sugestões durante o evento organizado pelo Governo do Estado, através da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).
O diretor presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Hélio Gurgel, disse ter ficado satisfeito com o resultado final do evento. “O balanço foi extremamente positivo.
Todas as perguntas foram devidamente respondidas, e relatamos os aspectos do projeto e os principais impactos socioeconômicos e ambientais.
Tudo foi finalizado sem nenhum percalço”, concluiu Gurgel.