João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, disse que “não é verdadeiro” o teor do depoimento de Lucio Bolanha Funaro ao Ministério Público.

Funaro depôs à Procuradoria da República, em 2005, na condição de réu-colaborador do inquérito que apurou o mensalão.

Disse que Vaccari, à época na Bancoop, intermediava negócios nos fundos de pensão de estatais.

Cobrava, segundo o delator, propinas que variavam entre 6% e 15%.

Dinheiro que seria carreado às arcas clandestinas do PT.

Levada às páginas de Veja, a notícia levou Vaccari a divulgar uma nota. “A Veja desta semana dá continuidade à estratégia de me usar para atingir o PT”, escreve o tesoureiro.

As novas acusações, sustenta Vaccari, “se baseiam exclusivamente em depoimento cujo conteúdo não é verdadeiro”.

Segundo ele, “o Ministério Público Federal […] não considerou as acusações minimamente consistentes”. “Passados cinco anos, nunca fui chamado para prestar esclarecimentos […].

Nem mesmo fui informado da existência ou do teor desse depoimento…” “…O Ministério Público não propôs ação contra mim.

Nenhuma denúncia foi apresentada”.

Para o tesoureiro do PT, a notícia da revista é mais um ataque ao PT.

Visa, segundo ele, “influenciar o processo eleitoral”.

Vaccari não incluiu na nota referências aos cheques da Bancoop estampados nas páginas da revista.

Sobre o caso da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo limitou-se a dizer que a denúncia baseou-se em “investigação que teve providências […] rejeitadas pela Justiça”.

Uma referência à decisão judicial que indeferiu o pedido de bloqueio das contas da Bancoop, feito pelo promotor José Carlos Blat, de São Paulo.

A mesma decisão condicionou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vaccari à apresentação de elementos que o justifiquem.