da Folha Online Após cerca de cinco horas de depoimento, neste domingo (14), na Delegacia Seccional de Osasco (na Grande São Paulo), Felipe Iasi, 23, foi liberado pela polícia por ter bons antecedentes e residência fixa.
No entanto, o delegado Archimedes Veras Júnior, responsável pela investigação, disse que o depoimento de Iasi não convenceu totalmente.
Iasi levou Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, conhecido como Cadu, até a casa do cartunista Glauco Vilas Boas, 53, na madrugada de sexta-feira (12).
Cadu é acusado de ter matado Glauco e seu filho Raoni, 25.
O carro de Iasi, um Gol cinza, foi encontrado na noite deste sábado (13).
Aos policiais, Iasi disse que foi sequestrado por Cadu e ameaçado com uma arma para ir até o local do crime.
Cadu teria dito, segundo o amigo, que “precisava esclarecer que era Jesus Cristo”.
Conforme o advogado de Iasi, ele não chegou a ouvir os disparos, pois deixou o local antes.
Para o delegado, se Iasi era um refém como diz o advogado, ele deveria ter ligado para a polícia.
No entanto, Veras Júnior disse não poder contradizer Iasi porque, até agora, nenhuma testemunha afirmou que viu Iasi levando Cadu embora.
Outro motivo que fez com que o jovem fosse liberado foi que a localização dada por ele da família de Glauco dentro da casa durante o crime foi a mesma da versão da enteada do cartunista.
Em entrevista ao “Fantástico”, na TV Globo, na noite deste domingo, a mulher de Glauco, Beatriz Galvão, contesta a versão de Iasi.
Ela disse que o jovem ficou sentado no sofá enquanto Cadu torturava o cartunista.
Beatriz também disse que chegou a pedir ajuda a Iasi, que aparentava estar drogado, mas que ele teria feito sinal negativo com a cabeça.
Na entrevista, Beatriz também disse que não sabe o que motivou o crime.
Em sua antiga página na rede social Orkut, Felipe era amigo de Cadu e estava nas mesmas comunidades da rede do acusado de matar Glauco e seu filho.
No Orkut, os dois amigos são fãs do bairro Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, do cantor Bob Marley, de festas raves e e estão na comunidade “Eu amo a minha mãe”.
Logo após a Folha publicar que Iasi tinha se entregado à polícia, a página dele no Orkut saiu do ar.
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