Ainda não foi desta vez que os pernambucanos puderam comemorar a presença de petróleo em ao menos um dos três blocos da bacia Pernambuco-Paraíba que estão sendo investigados.
Por enquanto, tudo está no campo das possibilidades.
Nesta sexta-feira (12), o gerente geral da Petrobrás, José Antônio Cupertino, e o diretor presidente da Petrogal do Brasil Ltda - braço da portuguesa Galp Energia -, Ricardo Peixoto, informaram que, depois de um ano, foi concluída a coleta de dados em 3D na bacia.
A área tem 2,7 mil quilômetros quadrados, a 23 quilômetros da costa, num espaço que vai de Itamaracá, no Litoral Norte, a Sirinhaém, no Litoral Sul.
Até o momento o consórcio formado pelas duas empresas - Petrobrás com 80% de participação - já investiu algo em torno de US$ 24 milhões. “Estamos numa fase preliminar.
Passamos por uma intensa aquisição de dados usando a mais moderna tecnologia disponível.
O próximo passo será processar essas informações para então podermos traçar uma relação entre essas informações e informações geológicas e conhecer um pouco mais da bacia”, explicou Cupertino. » Confira a apresentação feita pela Petrobras sobre a existência de petróleo em Pernambuco O material coletado pelo navio francês Veritas Vantage a mil metros de profundidade será enviado será analisado pelo Centro de Processamento da CGG Veritas Brasil, no Rio de Janeiro.
Os resultados serão divulgados apenas no final do ano.
De posse das análises, o consórcio fará estudos para, entre 2013 e 2015, se acreditar que vale a pena, investir cerca de US$ 150 milhões na perfuração de um poço em cada um dos três blocos.
Somente com a interpretação dos dados levantados será possível saber se há debaixo d’água estruturas rochosas necessárias para a existência de petróleo.
Hoje a bacia do Estado ainda é considerada uma área de risco.
As únicas informações sobre a bacia datam do final da década de 1980, quando foram feitos estudos em 2D.
Com eles, foi possível se levantar a hipótese de que há presença de rochas geradoras de petróleo.
Mas todo o investimento não está sendo feito às escuras. “A gente tem alguma ideia por similaridade, por correlação com o outro lado do Atlântico, do lado africano, onde nós temos prospecção de petróleo agora”, salientou.