Foto: Reprodução da internet Paulo Peixoto da Agência Folha O deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes (PSB), pré-candidato a presidente, criticou ontem o PT por impor alianças a seus diretórios estaduais por conta do acordo nacional entre PT e PMDB.

Ciro citou os casos da senadora Roseana Sarney (MA) e do ministro e senador Hélio Costa (MG), ambos do PMDB. “O pessoal está mandando o PT votar na Roseana Sarney no Maranhão.

Olha que eu sou amigo deles [da família Sarney], mas a política é outra coisa.

O pessoal está mandando o PT votar no Hélio Costa aqui em Minas Gerais.

O que é isso?

Não concordo”, disse Ciro.

Para favorecer eleitoralmente a pré-candidata do PT a presidente, a ministra Dilma Rousseff, o governo federal e PT trabalham para impor arranjos políticos nos Estados.

Em palestra a empresários mineiros promovida pela revista “Viver Brasil”, com apoio do grupo Usiminas, Ciro afirmou que a coalizão PT-PMDB não ocorre por “governabilidade, mas por tráfico de minutos de televisão para conservar o poder e despolitizar”.

Ele disse que nem Dilma e nem o governador José Serra (SP), pré-candidato do PSDB a presidente, mudarão isso. “Ao contrário, esses dois botam isso de barato no centro do poder.

Nem sequer se aproveitará a oportunidade das eleições gerais para deixar o povo dar uma renovada: ampliar a bancada do PDT, do PC do B, do PT, do PSB, ampliar a bancada das pessoas corretas do PMDB.

Hoje está o inverso.” Ciro disse que considera “fundamental” a realização de alianças e que com elas podem até aparecer aliados “problemáticos”, mas que é preciso haver critérios. “Quando eu fizer uma aliança, vou anunciar o código de procedimento e o programa.

Aí tudo bem, as contradições se diluem nisso.”