da Folha Online Apesar de o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ter recuado 0,2% em 2009, o desempenho da economia local ainda se destacou ante os maiores países do planeta, onde a crise financeira global bateu com mais força.
As exceções ficam para dois grandes emergentes, China e Índia, que “nadaram de braçada” e mantiveram os altos índices de crescimento registrados nos últimos anos.
A principal semelhança entre todos é que, ao contrário do que se imaginava na virada do ano, quando a crise estava no seu auge, as perdas não foram tão grandes quanto o que se mostrou ao final de 2009.
Nos Estados Unidos –onde os problemas com as hipotecas “subprime” (de alto risco) se tornaram o cerne da crise financeira– a economia recuou 2,4% no ano passado, depois de cair 5,5% no primeiro trimestre e mais 1% no segundo trimestre.
Na segunda parte do ano veio uma leve recuperação, o que garantiu um fim de ano menos sombrio.
O mesmo não se pode dizer dos europeus.
Apesar de uma melhora na situação no segundo semestre, os principais países apresentaram números ruins em 2009.
A zona do euro (grupo de 16 países da União Europeia que usam o euro como moeda única) amargou um recuo de 4,1%.
A recuperação é tímida, como mostrou o crescimento de apenas 0,1% no quarto trimestre.
Entre eles, destaca-se a Alemanha, que viu seu PIB recuar 5% no ano passado.
Itália (-5,1%), Espanha (-3,6%) e França (-2,2%) não tiveram destinos muito diferentes.
Com uma capacidade quase ímpar de se apoiarem no mercado interno, China e Índia destoaram da grande maioria dos países quando se tratou da economia no ano passado.
Os chineses praticamente ignoraram os problemas globais e cresceram 8,7%.
A Índia ainda não divulgou seus números, mas espera-se ao menos um avanço de 6%.
A mesma demanda interna que “salvou” chineses e indianos foi quem garantiu ao Brasil uma posição mais cômoda.
Apesar de ter desacelerado pelo sexto ano seguido, o consumo das famílias no país subiu 4,1% em 2009.
Entre os Brics, a Rússia foi quem mais sofreu em 2009.
Com uma economia bastante centrada na exportação de petróleo, cujo preço despencou junto com o resto do planeta, os russos viram o seu PIB recuar 7,9%.