Por decisão unânime da assembleia geral realizada na terça-feira (9), no auditório da Unimed do Vale do São Francisco, os médicos da rede municipal de Petrolina decidiram entregar carta de demissão à prefeitura.

De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), a Prefeitura de Petrolina vem descumprimento de Termo de Compromisso firmado no ano passado.

No documento, a prefeitura se comprometia a tomar providências como a realização de concurso público, adequação do número de profissionais médicos e condições de trabalho nas diversas especialidades, além de reestruturação das unidades de saúde.

Hoje, a situação está cada a dia mais complicada.

A prefeitura vem demitindo sumariamente médicos, diminuindo o número de leitos no hospital Dom Malan, fechando o serviço noturno no PAS (Pronto Atendimento em Saúde), provocando o caos na urgência do hospital de traumas.

Pacientes estão sendo internados em corredores, os graves encontram-se fora da UTI, demonstrando a necessidade do aumento de leitos e profissionais para a rede municipal de saúde.

Foi noticiado no dia 09/03, que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu o concurso para a contratação de médicos temporários em Petrolina, especialistas em UTI pediátrica, através de seleção pública, pela Secretaria de Saúde de Petrolina.O motivo da suspensão foi em virtude do edital do concurso prever uma etapa classificatória composta por entrevista a ser efetuada com os candidatos, o que daria ao certame um caráter essencialmente subjetivo. “Os médicos de Petrolina estão indignados com a forma que o prefeito Julio Lóssio trata a saúde.

Há um ano, a Prefeitura vem reduzindo as unidades de saúde e deixando à população entregue à própria sorte. É inadimissível para quem foi eleito sob a égide de prefeito da saúde”, destacou o vice-presidente do Simepe, Sílvio Rodrigues.