A deputada Terezinha Nunes registrou, em plenário, hoje, sua preocupação com o acirramento dos ânimos entre os funcionários públicos do Estado, sobretudo em áreas estratégicas como segurança e educação. “Passada a euforia da bancada a respeito da política salarial do atual governo para com o setor, vários movimentos paredistas estão surgindo devido ao não-cumprimento de promessas de campanha”, declarou.

O caso mais recente citado pela deputada é o dos delegados de polícia, os quais divulgaram carta aberta à população denunciando que Pernambuco paga o pior salário do Nordeste à categoria. “Os delegados se mostram muito insatisfeitos, ameaçam paralisação e colocam os riscos que isso representa para as metas do Pacto pela Vida”, afirmou Terezinha, detalhando os salários pagos em todo o Nordeste.

A parlamentar também citou os fazendários, que estão parando o atendimento um dia na semana. “E todos sabem que os funcionários da Secretaria da Fazenda participaram ativamente da campanha de Eduardo Campos”, observou.

Ainda chamou atenção para o não-cumprimento por parte do Governo do pagamento do piso salarial aos professores, como estabelece lei federal. “Sabemos que o Estado não pode pagar tudo o que se pede.

O problema é que o Governo se propôs a negociações que não vem cumprindo e deve explicações aos funcionários e à sociedade”, cobrou.

O deputado Augusto Coutinho chamou a atenção para o fato de que a atual administração criou e se vangloriou de uma Mesa Permanente de Negociações que já não funciona. “Tragam a mesa de volta”, disse ele, tirando onda.

O apoio também foi dado pela deputada Miriam Lacerda.

Nenhum parlamentar governista se pronunciou sobre o caso.