A vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, defendeu nesta quinta-feira (4) no STF (Supremo Tribunal Federal) a manutenção da prisão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido).

Deborah alegou que Arruda tentou usar a “máquina do DF” para se defender de acusações sobre o mensalão do DEM. - A máquina do DF foi utilizada no sentido de criar cenário que permitisse que o governador não viesse a ser processado, que não se iniciasse o processo de impeachment.

São duas situações que se estivéssemos tratando de outro cidadão nem estaríamos aqui tratando dessa questão.

Mas há limite pra tudo.

Deborah defendeu a prisão de Arruda por tentativa de suborno a testemunhas do esquema de pagamento de propina a testemunhas do mensalão do DEM.

Ela afirmou que novas provas foram incluídas ao inquérito que investiga o esquema.

De acordo com a subprocuradora, policiais civis procuraram o MP para denunciar tentativa de interferência do governador nas investigações, tentando apagar provas relacionadas ao ex-policial Marcelo Toledo.

Toledo aparece como suposto operador do esquema de corrupção no inquérito.

O ex-policial também seria responsável por suposto esquema de grampo para monitorar inimigos políticos do governador afastado.

Segundo a vice-procuradora-geral, um doleiro associado a Arruda também teria sido arrolado como testemunha nas investigações. - Nós temos dados recentes que várias provas só foram obtidas agora depois da prisão do governador.

Policiais civis tiveram a coragem de denunciar agora que o governador interferiu na investigação de Marcelo Toledo e outro doleiro.