No portal do PDT O governador Roberto Requião (pré-candidato à Presidência no PMDB) reagiu, com a verve característica, à decisão do Partido dos Trabalhadores de deixar os cargos que ocupa em seu governo como resposta à denúncia que fez de que o ministro Paulo Bernardo (PT) tentou emplacar um superfaturamento em obra ferroviária. “Eu esperava que o PT abrisse uma sindicância interna.
Mas preferiram deixar meu governo”, estranhou o governador em seu twitter.
De fato, é muito estranho.
O PT foi confrontado com uma denúncia gravíssima contra um de seus membros mais ilustres, que ocupa o cargo de ministro de Estado.
Diante dessa situação, o partido resolveu adotar a clássica postura do avestruz e nem cogitou a idéia de investigar o caso.
Petistas relutam em largar o osso - É constrangedor o espetáculo proporcionado pelo PT no Paraná.
O partido se debate em dúvidas cruéis entre ser e não ser aliado e empregado do governo do Estado.
Em largar ou não largar o osso nas centenas de boquinhas públicas que ocupa.
Motivos para tomar uma atitude decisiva não faltam.
O ministro paranaense Paulo Bernardo foi acusado por Requião em público, ao vivo e a cores de ter patrocinado uma tentativa de superfaturamento de obra pública envolvendo mais de uma centena de milhões de reais.
Requião reiterou a denúncia televisiva em notas oficiais e Bernardo falou vagamente em entrar com uma ação judicial depois que se convencesse da gravidade das acusações.
Ou bem o PT concorda com as acusações e se junta ao acusador ou as repudia e não tem alternativa que deixar o governo em solidariedade ao companheiro injustiçado.
O PT do Paraná não faz nem uma coisa nem outra.
A posição do PT aposta na ambigüidade malandra..