Deu na Folha de S.

Paulo O governo federal maquiou balanços oficiais para encobrir um mega-atraso nas principais obras do PAC.

Três de cada quatro ações destacadas no primeiro balanço do programa não foram cumpridas no prazo original.

Lançado em 2007 com o objetivo de impulsionar a economia, o Programa de Aceleração do Crescimento é usado hoje pelo presidente Lula para certificar o que seria a capacidade de gerenciamento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Pré-candidata ao Planalto, foi apelidada por Lula de “mãe do PAC”.

No início do mês passado, Dilma comandou a divulgação do balanço de três anos do programa afirmando que 40% das ações previstas haviam sido cumpridas até aquele momento.

Nas principais obras, apontava conclusão de 36%.

Mas esse documento oficial, fartamente ilustrado, passa ao largo dos gargalos de calendário: nele é divulgada uma profusão de carimbos verdes com a palavra “adequado” para cada uma das principais obras, com pequenas exceções de carimbos amarelos (“atenção”) e vermelhos (“preocupante”).

A maquiagem das informações fica evidente em consultas ao primeiro balanço oficial do PAC, de maio de 2007, e aos oito seguintes.

Neles, descobre-se que muitas das obras que ostentam o carimbo verde passaram por uma revisão de metas e tiveram o seu prazo de conclusão dilatado, sendo que, para algumas delas, o desfecho foi postergado para a próxima gestão.

Isso sem que o governo fizesse menção, de um balanço a outro, à mudança dos prazos.

Além da manutenção do carimbo verde em obras com cronograma estendido, os balanços oficiais exibem outras manobras de maquiagem.

Leia mais aqui.