Deu no Estado de S.
Paulo Preso na Superintendência da Polícia Federal desde o dia 11 de fevereiro, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), confidenciou às visitas que tem recebido em sua cela que cometeu um erro grave durante as investigações do chamado “mensalão do DEM”: ter orientado Durval Barbosa, em diálogo gravado no dia 21 de outubro passado, a distribuir propina a políticos aliados.
Arruda teria admitido que isso foi “um vacilo” porque sabia que Barbosa “delator do esquema” poderia gravar a conversa, ocorrida na residência oficial do governo.
O governador afastado e seus advogados consideram essa conversa “gravada com o aval da Polícia Federal” o elemento complicador no inquérito conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O fato derruba a versão de que as acusações são relacionadas à campanha de 2006 e não passariam de crime eleitoral.
O diálogo seria a prova da existência de um esquema de corrupção no governo.
Na conversa, Arruda pergunta a Barbosa: “Aquela despesa mensal com político sua está em quanto?” E completa: “Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos… novecentos e noventa e quatro, você já pegou a sua parte?” Num determinado momento da conversa, ao falar sobre a entrega do dinheiro a deputados, Arruda pede: “Tem que unificar tudo!” Leia mais.