Do MPPE A reunião entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, para discutir a respeito da construção de um parque temático e um centro de compras, no local onde hoje funciona o Hospital Psiquiátrico Ulisses Pernambucano, foi adiada desta quarta-feira (03) para uma data ainda não definida.

Os promotores de Justiça Áurea Rosane e Bettina Guedes (Urbanismo), Alda Virgínia e Sérgio Souto (Meio Ambiente) e Ivana Botelho e Daíza Cavalcanti (Saúde), irão se reunir na tarde de hoje (02) para definir uma nova data e horário.

Na segunda-feira (22/02), depois do anúncio feito pelo arcebispo de que o local de preservação ambiental e histórica iria se transformar num centro de compras, o MPPE elaborou documentos solicitando esclarecimentos tanto ao arcebispo, quanto à Secretaria Estadual de Saúde e a Diretoria de Controle Urbano e ambiental do Recife (Dircon).

Os promotores querem uma solução para os pacientes da única emergência psiquiátrica do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado, além de esclarecimentos sobre a questão ambiental (a área é considerada de preservação) e histórica, já que o prédio é tombado.

Tamarineira – O Hospital Psiquiátrico Ulisses Pernambucano foi inaugurado em 1882, no bairro da Tamarineira.

Ainda existente, o hospital foi o segundo a ser construído no Brasil para o tratamento de doentes mentais.

Em 1992 toda a extensão da casa de saúde, uma área de nove hectares, foi tombada como patrimônio histórico do Estado.

Há pelo menos quatro anos, a Santa Casa de Misericórdia tenta desfazer-se do local para utilizá-la como extensão imobiliária.

Desde o início da polêmica o Ministério Público de Pernambuco tem acompanhado de perto todos os passos do processo.

Além de lutar pela saúde dos pacientes, o MPPE espera respostas sobre a importância histórica e ambiental do local.