Sem respostas após várias assembléias, paralisações e ofícios enviados à Prefeitura de Olinda solicitando reunião para discutir a saúde no município e a situação dos médicos, a categoria decidiu em assembleia paralisar novamente as atividades nos ambulatórios e PSF´s.

Serão quatro dias de paralisação, 01,02,03 e 04 de março.

No segundo dia (02/03), haverá mobilização em frente à Policlínica Barros Barreto, às 9h, para conscientizar a população das razões do movimento.

De acordo com diretor do Simepe, José Tenório, há um grande sentimento de descontentamento nos profissionais de saúde de Olinda. “Os médicos denunciam a precarização do ambiente e das condições de trabalho, falta de medicamentos, desfalque nos recursos humanos, além da pior remuneração da classe no País”, acrescenta.

O médico do município de Olinda recebe atualmente um salário – base de R$ 882 e incentivo do SUS de R$110.

Segundo Tenório, para a categoria o silêncio do prefeito Renildo Calheiros diante da situação, é sinal de descaso com os profissionais e com a população.

SEM CONDIÇÕES DE TRABALHO -Um exemplo de como é o cenário da saúde na cidade é o PSF de Águas Compridas III.

Segundo os médicos, o local não tem a mínima condição de estar em funcionamento, até o acesso ao posto é complicado. “Lá falta tudo”, contestou um dos médicos presente na assembleia. “A população é a mais prejudicada”, completou.

Tadeu Calheiros, também diretor do Simepe, afirmou que o sindicato enviará mais uma vez oficio solicitando reunião com o prefeito de Olinda.

Caso ele permaneça indiferente a situação, a próxima medida será suspender todas as atividades, incluindo as emergências, dentro do permitido por lei.

A próxima assembleia da categoria será no dia 04/03 (quinta-feira), às 19h30, na sede do Simepe.