Caro Jamildo, Com relação às colocações da deputada Miriam Lacerda, a Secretaria Estadual de Saúde reconhece dificuldades na rede estadual, mas ressalta que, nos últimos três anos, avanços significativos foram obtidos na ampliação do atendimento no SUS.

No caso da Cardiologia, existe uma carência enorme de profissionais dessa especialidade no mercado, o que faz com que nem todas as vagas oferecidas pelo Estado sejam preenchidas.

Na questão específica da última segunda-feira, no Agamenon Magalhães, um dos três médicos da emergência cardiológica estava de licença médica, o que tornou o atendimento mais lento.

A Secretaria Estadual de Saúde, porém, vem adotando medidas para tornar o atendimento do HAM mais amplo, ágil e eficiente.

Do último concurso público para médicos, realizado no ano passado (antes desse, o último concurso ocorreu em 2004), foram encaminhados 16 cardiologistas para o hospital, cobrindo déficits nas escalas.

O HAM também foi o primeiro da rede a ter um sistema de classificação de risco, que permite o atendimento imediato e a triagem dos pacientes, com prioridade para os casos mais graves.

A Emergência Cardiológica também ganhará mais espaço com reforma que se inicia este semestre. É preciso ressaltar ainda a deficiência dos PSFs no controle da pressão arterial e diabetes da população, o que faz com que o paciente entre no SUS pela emergência, já infartado ou com risco de amputação de membro.

Com relação ao Getúlio Vargas e Restauração, também destacamos que essas unidades estão passando por melhorias importantes.

Em 2009, O HGV reformou enfermarias e ganhou 72 leitos e uma nova UTI, com 15 vagas.

Em maio deste ano, o HR inaugura seu maior investimento desde sua própria construção, há 40 anos.

Com custo de R$ 8 milhões, será aberta uma emergência clínica, com 80 leitos de observação.

O setor desafogará a emergência geral, que ficará apenas com os casos graves de acidentes de trânsito e vítimas de violência.

Mesmo ainda com sobrecarga, as emergências estaduais já estão sendo bastante beneficiadas pelas quatro unidades inauguradas no governo Eduardo Campos: o Hospital Miguel Arraes e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Paulista, Igarassu e Olinda.

O HMA já está funcionando em plena capacidade, com 157 leitos de internamento, e as UPAs estão atendendo, cada uma, uma média de 500 pacientes por dia.

Seguramente, podemos afirmar que sem essa nova rede haveria, diariamente, mais 2 mil pacientes da área norte da RMR e Zona da Mata Norte disputando, nas grandes emergências estaduais no Recife, atendimento com os doentes mais graves.

Agora, estão sendo de forma mais rápida e perto de suas casas.

Secretaria de Saúde