A Companhia Pernambucana de Saneamento-Compesa mobilizou uma mega estrutura para transportar hoje as três maiores peças do barrilete da caixa de jusante a ser instalada na Barragem de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho.

Com o apoio da CTTU, da Polícia Rodoviária Federal e de uma transportadora, três carretas percorreram 35 quilômetros, desde a Noraço, a empresa que fabricou as peças, em Afogados, até a barragem.

As peças levadas hoje fazem parte de um conjunto de nove que formam a caixa de jusante, uma dos maiores desafios de execução do complexo Pirapama.

A caixa terá a missão de interligar a barragem à estação elevatória, construída ao lado do reservatório. “Esta obra viabilizará a retirada de água da barragem, que tem capacidade de acumular 61 milhões de metros cúbicos, para a estação elevatória que fará o bombeamento para a estação de tratamento e que seguirá em seguida para os grandes reservatórios, passando pelas adutoras e rede de distribuição até chegar às casas das pessoas”, informou o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Compesa, Fernando Lobo.

O comboio partiu às 05 horas.

Saiu da empresa Noraço, responsável pela confecção das peças, e seguiu pela Ponte Paulo Guerra, Herculano Bandeira, Avenida Domingos Ferreira, Antônio Falcão, Mascarenhas de Moraes, Estrada da Batalha e BR-101 Sul, até chegar à Barragem de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho.

As noves peças começaram a ser montadas hoje.

Juntas elas pesam 160 toneladas e têm 25 metros de comprimento e as três transportadas hoje pesam 70 toneladas.

Quando chegaram à barragem, foram adotados todos os procedimentos para movimentação de carga pesada.

As peças foram içadas com ajuda de guindastes através de cintas especiais e cabos de ações.

As equipes levaram em média 40 minutos para descer cada uma das peças até o local exato onde elas serão montadas.

Segundo Fernando Lobo, a previsão é de que interligação fique pronta no final de março.

As peças foram confeccionadas em 90 dias e custaram R$ 3,2 milhões.

Todo o processo foi cuidadosamente acompanhado por engenheiros da Compesa e do consórcio contratado Queiroz Galvão, Odebrecht & OAS e pelos técnicos do ITEP- Instituto de Tecnologia de Pernambuco.

O material recebeu um revestimento especial dentro das especificações estabelecidas no projeto, já que as mesmas serão enterradas.

Todas as nove peças estarão na barragem até amanhã.