Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana do Recife – realizada pela Agência CONDEPE/FIDEM em parceria com o DIEESE e a Fundação SEADE – mostram que a taxa de desemprego total teve um pequeno crescimento entre dezembro e janeiro, passando de 17,5% para 17,9%.
Mesmo com a pequena alta, esta ainda é a menor taxa para o mês de janeiro de toda a série histórica da pesquisa (iniciada em 1998).
Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto (pessoas efetivamente desempregadas) passou de 10,7% para 10,6% e a de desemprego oculto (pessoas que realizam algum trabalho precário e que continuam procurando emprego ou desalentadas) cresceu de 6,8% para 7,3%.
Comparada a janeiro de 2009, a taxa de desemprego total da RMR diminuiu de 18,3% para os atuais 17,9%.
Segundo suas componentes, quando se compara o primeiro mês dos dois anos (2009 e 2010) a taxa de desemprego aberto passa de 10,5% para 10,6% e a de desemprego oculto recua de 7,8% para 7,3%.
Em números absolutos, foram gerados 44 mil postos de trabalho.
Em janeiro de 2010, o contingente de ocupados foi estimado em 1.470 pessoas e o nível ocupacional da RMR variou negativamente (0,5%).
Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, reduziu-se a ocupação na Construção Civil (menos 13 mil postos de trabalho, ou 13,7%), na Indústria de Transformação (menos oito mil ocupações, ou 5,6%) e no agregado Outros Setores ( menos mil, ou 0,6%) – composto pelo trabalho doméstico e outras atividades não definidas.
Houve crescimento no setor de Serviços (geração de 13 mil ocupações, ou 1,6%) e relativa estabilidade no Comércio (geração de mil ocupações, ou 0,4%).
Segundo tipo de inserção ocupacional, houve expansão no contingente dos classificados nas demais posições (1,8%) – composto por empregadores, empregados domésticos, trabalhadores familiares sem remuneração e donos de negócio familiar –, no total de assalariados (1,3%), e redução entre os trabalhadores autônomos (6,8%).
O comportamento do emprego assalariado decorreu do aumento no setor privado (2,4%) e da redução no setor público (2,5%).
No setor privado, verificou-se crescimento do número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada (3,0%) e, em menor intensidade, entre aqueles sem carteira (0,6%).
Segundo Rodolfo Guimarães, diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas da Agência Condepe/Fidem, um dado interessante revelado pela pesquisa se refere à conquista do emprego com carteira assinada. “Houve ampliação do assalariamento total (54 mil), entre aqueles classificados nas demais posições ocupacionais (13 mil) e redução do número de trabalhadores autônomos (menos 23 mil ocupações).
O desempenho positivo do emprego assalariado, que é também o mais desejado pelos trabalhadores, decorreu da geração de empregos no setor privado (36 mil) e público (18 mil).
Para se ter uma idéia, no setor privado, o crescimento da ocupação entre os trabalhadores com carteira de trabalho assinada foi de 30 mil, enquanto entre os sem carteira assinada foi de apenas de seis mil”, explica.