Da Agência Brasil BRASÍLIA - O líder do Democratas na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), disse que está mantido o prazo até esta quarta-feira para que o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, decida se quer ficar no partido ou no governo. - Já há maioria formada no partido pela expulsão sumária - disse.

O prazo foi dado depois que o governador licenciado, José Roberto Arruda, foi preso.

Com Paulo Octávio assumindo interinamente o comando da capital, o partido determinou que todos os integrantes do governo do DF que sejam do Democratas saiam imediatamente se quiserem ficar no partido, inclusive Paulo Octávio.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) tem a mesma opinião.

Disse que o partido não irá ceder ao governador interino. - Se ele quiser ficar no governo, tem de sair do DEM.

Senão, não tenho dúvidas de que será expulso - disse.

O DEM tem reunião da Executiva Nacional marcada para amanhã.

Hoje, o senador Demóstenes Torres (GO) e o deputado Ronaldo Caiado (GO) devem formalizar o pedido de expulsão de Paulo Octávio do partido.

A ideia é evitar que a reunião seja novamente adiada.

A reunião vai discutir também o caso do secretário de Transportes, Alberto Fraga (DEM), que ainda não deixou o governo.

Ele tem sido um dos principais interlocutores de Paulo Octávio e tem aconselhado o governador interino a não renunciar ao cargo.

Fraga disse que o partido é “incoerente” na sua determinação.

E ressaltou que a expulsão do partido não irá descolar a crise da legenda. -O DEM não fica fora do escândalo, que já ficou rotulado como Mensalão dos Democratas - disse.