Deu na Folha de S.
Paulo O Panetonegate cresceu.
Em documentos apreendidos pela Polícia Federal na investigação do mensalão de Brasília, o governador José Roberto Arruda (sem partido) declara ter gasto com panetones R$ 1,39 milhão que recebeu de empresários e aliados.
Para a PF, os papéis, datados de 2004 a 2007, são ficção: teriam sido produzidos para mascarar recebimento e distribuição de propina.
O valor, suficiente para comprar mais de 600 mil panetones nos supermercados de Brasília, é 26 vezes superior aos R$ 50 mil que Arruda aparece em vídeo recebendo de um ex-secretário de governo, no início do escândalo.
Ao se explicar sobre o vídeo, Arruda disse que o dinheiro era para comprar panetones para programas sociais.
Os novos documentos citados no inquérito mencionam três empresários como doadores.
Dois deles, porém, negaram ter feito tais pagamentos.
O advogado Nélio Machado, defensor de Arruda, afirmou que os papéis apreendidos pela PF são autênticos e que as doações e a compra de panetones realmente aconteceram.
A PF apreendeu os papéis em armário do ex-chefe de gabinete de Arruda durante a Operação Caixa de Pandora, que investiga cobrança de propina e pagamento a deputados aliados em troca de apoio político.
O material apreendido tem 14 páginas “constando os nomes de empresas e pessoas físicas referentes à doação de panetones”, segundo relatório da PF ao qual a Folha teve acesso.
Além de totalizar a quantia de R$ 1,39 milhão, o relatório diz que supermercados de Brasília doaram em espécie 106,5 mil unidades de panetones.
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