O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco conseguiu na Justiça Federal a condenação do ex-prefeito de Itapissuma, Clóvis Cavalcanti do Rego Barros, e do responsável pela empresa CITEC (Comércio e Instalações Técnicas LTDA), Carlos Frederico Domingos, pelo desvio de recursos públicos repassados pelo extinto Ministério da Ação Social.

A pena imposta aos condenados foi de seis anos de prisão.

De acordo com a denúncia do MPF, o convênio entre a Prefeitura de Itapissuma e o extinto Ministério da Ação Social, firmado em 1992, previa o repasse de Cr$ 520 milhões (moeda vigente na época), e tinha por objeto a contenção de encostas e a construção de muro de arrimo na orla marítima do município.

Os recursos federais efetivamente repassados à Prefeitura de Itapissuma foram de Cr$ 400 milhões, os quais foram pagos à CITEC, empresa responsável pela realização das obras e pertencente ao denunciado Carlos Frederico.

Em vistoria realizada em outubro de 1993, o Departamento de Operações da Secretaria de Defesa Civil do Ministério da Integração Regional constatou a não realização das obras previstas, sendo verificados apenas serviços correspondentes à instalação, escavação manual e remoção de terra.

Na época, o secretário de Obras da Prefeitura, em comunicação interna, chegou a pedir ao ex-prefeito Clóvis Cavalcanti a retenção dos pagamentos à CITEC, tendo em vista que a empresa não vinha executando os serviços previstos no convênio.