Deu no G1 A varredura em busca de grampos ilegais na Câmara Legislativa do Distrito Federal foi suspensa na madrugada desta quinta-feira (11) após a vistoria de apenas quatro gabinetes.
Segundo os policiais civis, o equipamento de contraespionagem ficou sem bateria.
A imprensa não teve acesso ao trabalho durante esta madrugada.
Os gabinetes de Érika Kokay (PT), Paulo Tadeu (PT), Jaqueline Roriz (PMN) e Reguffe (PDT) foram vistoriados, mas nada foi encontrado.
A previsão inicial da polícia era vistoriar inclusive os gabinetes da presidência e da vice-presidência da Casa.
Os agentes vão continuar a varredura a partir das 19h.
Na última quarta (3), dois policiais civis de Goiás foram presos sob suspeita de instalar escutas ilegais nos gabinetes de deputados da oposição.
Quatro equipes da Polícia Civil trabalham na investigação.
A inspeção em cada gabinete leva de duas a três horas, segundo a polícia. “Vamos usar equipamentos de contrainteligência e haverá uma equipe do Instituto de Criminalística para a eventualidade de encontrarmos algum grampo”, disse na quarta (10) o diretor do Departamento de Atividades Especiais da polícia, Fábio Souza.
Souza informou que se forem encontrados instrumentos de escuta clandestina, o local será isolado e periciado.
Inquérito Na semana passada, quando houve a denúncia de grampo ilegal na Câmara, a polícia chegou a informar que os agentes presos confessaram, em depoimento, que estavam a serviço de pessoas ligadas ao governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
A assessoria do governador negou qualquer envolvimento de Arruda no episódio.
O diretor-geral da Polícia Civil do DF, Kleber Monteiro, foi substituído esta semana por Pedro Cardoso.
O novo diretor afirmou que as escutas teriam sido uma tentativa de contraespionagem. “Nós temos um inquérito na Delegacia do Crime Organizado por envolver policiais de outra unidade da federação, uma determinação do governador para apurar com todo o rigor e rapidamente explicar para a sociedade o que aconteceu”, disse Cardoso.