Por Ana Lúcia Andrade e Ines Andrade, do Jornal do Commercio O PT já está assegurado na chapa majoritária à reeleição do governador Eduardo Campos (PSB).
Mas quem irá ocupar a vaga é uma escolha que ainda dependerá de muita discussão, o que não é lá muita novidade no partido, podendo ser resolvido até nas prévias como aconteceu há 14 anos, na eleição para a Prefeitura do Recife, em 1996.
O grupo de Humberto Costa, que encabeça a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), tendência majoritária na direção do PT estadual e nacional, decidiu partir para a briga com o ex-prefeito João Paulo, que há tempos desfila como pré-candidato ao Senado, embora seu discurso seja o de que será candidato a deputado federal.
A CNB decidiu, ontem, que terá um nome próprio na disputa pela vaga na chapa de Eduardo por entender que ela precisa ser preenchida por alguém que conte com “o coração e a mente” do PT, leia-se o compromisso do partido.
Os nomes que estão disponibilizados pelo grupo, de acordo com o porta-voz da CNB, o presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes, Dilson Peixoto, são o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, e o deputado federal Maurício Rands.
Ao ressaltar que o nome do PT para a chapa de Eduardo precisa representar o partido, dialogar com a legenda e não apenas com os aliados, Dilson declara que esse não tem sido a marca do comportamento de João Paulo. “Quando ele quis, ele dialogou.
Mas hoje não tem sido bem essa a postura dele, a de buscar a construção de acordos, de ouvir todo mundo”, observou Dilson Peixoto em entrevista ao JC.
O roteiro tirado pela CNB, que andou se reunindo mais intensamente nas duas últimas semanas, é trabalhar com as duas candidaturas (Humberto e Rands) até março.
Posicionamento que já será levado ao congresso nacional do partido, na próxima semana.
Os dois nomes serão amadurecidos para, em março, a corrente chegar a um único candidato.
Dilson garante que tanto o prazo do partido quanto o de Eduardo serão respeitados. “A gente imagina que o governador deva querer conversar essa questão lá para maio.
Então a gente teria tempo de resolver primeiro internamente no PT”.
O presidente Lula e a CNB nacional já sabem da decisão da corrente em Pernambuco.