Foto: Guga Matos/JC Imagem Por Chico Ludermir O ex-prefeito do Recife João Paulo rebateu, nesta quarta-feira (10), as críticas feitas por seu opositor correligionário, Dilson Peixoto, e afirmou que a forma do grupo Construindo um Novo Brasil (CNB) de Peixoto, Humberto Costa e Maurício Rands tratar as eleições é “primária e infantil”.

Em entrevista publicada hoje no Jornal do Commercio, Dilson alegou que João Paulo só dialoga quando quer, referindo-se às especulações quanto aos nomes para o Senado.

João Paulo disse reconhecer a importância das lideranças de Humberto e Maurício, contudo, avalia o comportamento deles como “desespero político”. “Devemos priorizar o projeto nacional que é o da eleição de Dilma Rousseff e reeleição de Eduardo Campos, a real importância de nossas responsabilidades”.Eles tratam (o processo eleitoral) como se o restante do partido não existisse", diz o ex-prefeito.

Em resposta à declaração de Dilson de que a força eleitoral não seria o mais importante na disputa ao Senado, já que a chapa majoritária é encabeçada pelo governador, João Paulo é categórico: “É importante (o PT) também ocupar o Senado e a bancada federal”. » VEJA O VÍDEO DA ENTREVISTA DE JOÃO PAULO JP disse estar pronto para conversa. “Minha tradição é esta”, afirmou o político mais influente do Centro de Esquerda Unificado (CEU), que faz oposição ao lado de Humberto Costa.

João Paulo, no entanto, ressalta que a decisão da chapa majoritária não cabe nem ao CEU, nem ao CNB, mas sim ao presidente Lula e ao governador Eduardo Campos.

A pressão feita por Costa e Rands seria uma forma de forçá-los a acelerar o processo de escolha da chapa. “Não podemos constranger nem o presidente nem o governador " , alfineta sem perder a calma.

A decisão do petista foi a de continuar negando sua candidatura ao Senado, mesmo sendo ela o motivo de toda esta especulação.

Seus encontros com o presidente Lula, com a petista Marta Suplicy e mesmo a opinião pública, que o coloca na frente das pesquisas para senador, parecem ser fatores determinantes na preocupação do CNB.

O próprio Humberto disse recentemente que João Paulo não estava descartado para disputar o Senado.

Quanto a possibilidade de prévia para a escolha do nome para o Senado, JP enfatiza: “Colocar um candidato ao Senado em prévia interna seria um primarismo” .

Continuando o assunto, Carlos Padilha, presidente da CTTU e um dos líderes do CEU, ainda solta faisca dizendo que na última prévia do PT feita no Estado, em 1996, Humberto, 1o colocado, e Paulo Rubem, 2o colocado, não aceitaram se candidatar à Prefeitura do Recife.

O 3o colocado, João Paulo, foi quem saiu para disputar a prefeitura com Roberto Magalhães, sacrificando-se no lugar dos outros dois.

No final, Padilha propôs um encontro em bloco de Carnaval.

Nos dias de Momo, até disputa política pode virar festa.

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