Fernando César, leitor atento do Blog de Jamildo em um comentário postado mais cedo O texto está muito bem escrito, de fina sensibilidade, mas ressalvo a frase “Mas morava no Recife”.
Querem agora vender a cidade como a mais violenta do mundo?
Querem agora dizer que o Recife não presta para nada?
Querem dizer que aqui é terra de “Zé-Ninguém” como se a violência só residisse aqui na cidade?
A cidade é violenta, sim.
Mas não é a única.
O Brasil é violento, o mundo é violento.
Alcides poderia ter morrido na descida de um dos morros do Rio de Janeiro, numa avenida de São Paulo ou Vitória.
Mas, infelizmente foi em Recife e mais infelizmente ainda ele perdeu a sua vida.
Todos os dias expomos a nossa vida a um tipo de violência.
A própria mídia brasileira gera violência subliminar no coração das pessoas em troca de dinheiro dos patrocinadores, em troca de audiência.
A violência a que Alcides foi vítima talvez tenha sido a mais explícita e a mais dolorosa aos nossos olhos.
A violência só terá fim de verdade quando as pessoas que vivem nesse mundo, neste país, na cidade do Recife, deixarem de ver Jesus Cristo apenas como uma imagem pregada na parede, símbolo de religiosidade, e passarem a viver os Seus preciosos ensinamentos.
Alcides foi símbolo, sim.
Mas seria ótimo se as autoridades desse país dessem oportunidade de surgirem outros Alcides, outros símbolos que, como ele, não precisasse chamar tanto atenção por algo extraordinário que fez, ao contrário, que fosse comum jovens saídos de favela passarem em universidades públicas, oriundos de escolas públicas, em vez de ingressarem nas faculdades do crime e da perdição.
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