Por Ricardo Carvalho, jornalista e diretor do bloco Meu Brasil, brasileiro.
Sinto vergonha.
Somente na noite de ontem, por volta das 23 horas, tomei conhecimento do brutal assassinato do jovem Alcides Nascimento.
E não tive dúvida : vou dizer o que não queria.
No dia 2 de fevereiro, oficializei ao todo poderoso da Segurança do Estado, a realização da prévia do SIRI NA LATA.
Pedia algumas providências.
Ele fez ouvidos de mercador.
Nem uma palavra.
Mas, no exato momento da morte do jovem Alcides, nada mais, nada menos, do que 148 policiais pernambucanos davam uma “carteirada” para dançar o frevo, numa festa que não recebe qualquer apoio oficial.
Os policiais - civis e militares - mostrando suas carteiras, ameaçavam à todos.
Não adianta o governo jogar números na cara do povo, para dizer que a violência diminuiu, quando a maior violência é praticada pela própria polícia.
Uma polícia incompetente, como o próprio manda chuva da Segurança.
Se fosse competente, pediria permissão para entrar numa festa para a qual não fora convidado.
Educação, é o mínimo que a sociedade deseja do policial.
Alcides morreu violentamente e a polícia frêvava.
E quantas “carteiradas " à mais não ocorrem nas prévias que se multiplicaram pela madrugada daquele dia.
Defendo, como sempre defendi, que o policial seja bem remunerado, mas que tenha educação e cultura, para bem servir a sociedade.
Quando falamos de sociedade, o policial não sabe o que é.
Vamos adverti-los.
Somos nós quem pagamos seus salários.
E é em respeito ao jovem Alcides que afirmo : vamos trabalhar…