Dois homens que tentaram fraudar o exame de aptidão física do concurso da Polícia Militar estão sendo denunciados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por falsificação de documento público e falsidade ideológica.

No dia do teste, 22 de janeiro, Tácio Riveylton Amorim Sá Silva foi preso ao tentar realizar o exame no lugar de Vanderlei Afonso da Silva, este sim inscrito como candidato no certame.

O inquérito encaminhado pela Polícia Civil indiciava os dois apenas por estelionato, cuja pena vai de um a cinco anos de reclusão.

No entanto, o promotor Francisco Edílson de Sá Júnior, da Central de Inquéritos da Capital, encontrou no resultadodas investigações provas suficientes para propor abertura do processo penal por falsificação de documento público (pena de dois a seis anos) e falsidade ideológica (um a cinco anos).

Eles adulteraram a identidade de Vanderlei, inserindo a foto de Tácio.

No dia do teste, enquanto Tácio comparecia ao campus da Universidade de Pernambuco para participar do exame, portando a identidade falsificada e preenchendo a ficha do exame com os dados de Vanderlei, este ficou aguardando em um apartamento no Espinheiro.

Os dois foram pegos a partir de informes chegados à Chefia de Inteligência da Polícia Militar.

A investigação não conseguiu comprovar se houve pagamento na tentativa de fraude.

No entanto, segundo o promotor, o resultado do inquérito indica que Vanderlei prometeu ajudar Tácio com favores caso fosse aprovado no concurso.

Anulação – A comprovação de outro tipo de fraude realizada durante as provas objetivas deste mesmo concurso levaram o MPPE a pedir a anulação da primeira fase do certame.

A ação civil pública de autoria do promotor de Justiça Eduardo Cajueiro, que atua na defesa do Patrimônio Público da Capital, deu entrada na Justiça na última sexta-feira.

O MPPE tenta, com isso, garantir a efetiva lisura do processo seletivo.