O presidenciável Ciro Gomes disse agora há pouco, no Recife, depois de encontro com o governador Eduardo Campos, presidente do PSB, que o diferencial dele em relação à ministra Dilma é que ele é mais experiente do que a mãe do PAC. “Isto se deve à minha experiência municipal, estadual e nacional e a circusntâncias políticas, mas não quer dizer que eu seja melhor do que ela”.

Ciro também disse que apreendeu com os erros que cometeu e que esses erros fazem parte de uma experiência que Dilma não tem, numa referência à falta de experiência da ministra em eleições majoritárias.

Na entrevista que concedeu agora há pouco, Ciro Gomes afagou Lula, mas aproveitou os holofotes para bater no PT, mesmo que de forma dissimulada. “O PT tem alguns cacoetes.

Como a vocação hegemônica e a lógica de esmagar toda as forças a ele assemelhadas.

Arraes e Brizola já experimentaram isto”.

No Estado de Pernambuco, em 1989, os petistas chamavam o exgovernador Miguel Arraes de Pinochet de Pernambuco.

Hoje, são aliados do neto no atual governo Eduardo. “Mas isto não quer dizer que não sejamos parceiros.

E parceiro não é aquele que diz amém” » Mais cedo, Ciro Gomes visitou o SJCC e concedeu entrevista à Rádio Jornal.

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Em outra farpa contra o PT de Lula, o ex-ministro da Integração Nacional disse que os aliados não são bem tratados. “O PT está acostumado a tratar os seus parceiros como bucha de canhão.

O PC do B é um exemplo.

O partido é feito de gato, rato e sapato e hoje não tem direito de influenciar em nada.

Queriam muito fazer isto com o PSB, mas Arraes nunca deixou.

Queriam fazer com o PDT, mas o Brizola também nunca deixou.” O ex-ministro Ciro Gomes disse hoje ao chegar no Recife que não abre mão de sua candidatura a presidente da República pelo PSB, em favor de Dilma, a candidata de Lula.

Na defesa de sua tese, Ciro lançou mão de argumentos éticos. “O PSB tem moral e independência para dizer oque é bom e ruim neste governo, sem que ninguém nos confunda com banda fisiológica, clientelista, adesista que está no governo, fruto do êxito do presidente Lula”. “E ninguém nos confundirá”, acredita.

Com informações de Daniel Guedes, do Palácio do Governo