Mesmo reconhecendo que é papel das oposições cobrar explicações sobre as ações de governo, a presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo, não gostou das cobranças públicas em torno da licitação para a compra de alimentos para os camarins patrocinados pela entidade, no Carnaval deste ano.

A fatura supera os R$ 1,2 milhão.

A ex-vereadora do Recife não teve cerimônia em criticar a atual deputada estadual e aliada do ex-governador Jarbas Vasconcelos.

Em alguns casos, com ironia fina. “Estou de férias, mas trabalhando.

Trata-se de mais uma irregularidade para essa mulher criticar”, disse.

Segundo ela, os problemas ocorriam sim na gestão passada. “Licitação hoje é uma coisa comum na Fundarpe.

Não era feita era na gestão de Jarbas, quando apenas de repassava os recursos para as prefeituras, sem fiscalização” “Como ela não conhece muito disto no governo passado, está agora entusiasmada”, ironizou.

Na avaliação de Luciana Azevedo, não há comparação entre as duas gestões. “Estamos passo a passo construindo uma política pública de cultura.

Antes, o que havia era a distribuição de recursos para os amigos do rei” “Aqui é tudo legal.

Eu estou enfrentando a bagaceira.

O Estado todo conhece o meu DNA.

Quem deve operar de outro jeito são os parceiros dela.

A mulher, aliás, só vê maracutaia e falcatrua”, criticou.

Segundo Luciana Azevedo, a Fundarpe hoje faz licitação de palco e de som, não apenas para o bifê dos camarins. “Não se trata de bifê para o camarote do governador. É a licitação para os camarins dos 15 pólos no Estado, além do espaço do governador em Olinda na semana pré.

São os artistas, os técnicos os grupos populares que se apresentam nos pólos, gente que nunca foi tão bem tratado, com tanta dignidade”, justificou. “O que ocorreu foi que um cara suspeito se apresentou e fez uma proposta abaixo do preço mínimo que estabelecemos, de R$ 1,2 milhão, para não operar, mas até documentos faltando estava”.